terça-feira, 15 de abril de 2014

São Sebastião e o Serviço Público

         A comunidade de São Sebastião, criada em 1991, é a mais antiga do Projeto de Assentamento Tarumã-Mirim. Hoje a principal fonte de renda dos assentados é o Bolsa Família, a venda de artesanato, a fabricação de espetos para churrasco....  Entre as muitas dificuldades encontradas para desenvolver o trabalho está o baixo rendimento que a agricultura apresenta.




         A comunidade ribeirinha São Sebastião, não faz parte do Napra, Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia que é uma organização privada sem fins lucrativos que tem como missão promover a formação de estudantes e o aprimoramento de profissionais sobre trabalho comunitário no contexto amazônico, propiciando a vivência e o engajamento com os ribeirinhos na busca por novos caminhos de desenvolvimento fundamentados na valorização da vida na floresta e de uma efetiva gestão participativa do território amazônico, respeitando seus saberes culturais e tradicionais.
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Para chegar a comunidade é preciso fazer  2 viagens pra atravessar. Os barcos vão bem rápido e Depois de alguns minutos já estávamos do outro lado do Rio Madeira.
Comunidade de São Sebastião
A comunidade ribeirinha tem aproximadamente 70 famílias vivendo lá. Não tem ruas e nem muros nas casas. O lugar transmite uma paz! Só que essa paz está ameaçada, com a cheia do rio e os banzeiros (as “ondas” que se formam e vão desbarrancando as beiradas de terra”), além, é claro, da construção da Usina Hidrelétrica logo ali perto. No dia anterior um pedaço do piso de um bar tinha caído, com a força das água, e o local tinha sido interditado. A senhor Rosaura, dona do bar, até chorou contando pra gente que agora ela não tem como ganhar dinheiro e sua casa também está em perigo. Aliás, a comunidade toda corre risco, pois há várias casas e até a igreja perto da margem.
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Na comunidade você pode almoçar num dos restaurantes na beira do rio, papear com os moradores, passear pelas trilhas e pela margem do rio, tem muitas árvores e sombra. São todos bem simpáticos, o único problema era esse que citei, gostaria de voltar lá em breve pra ver como as coisas estão! Depois da apresentação, distribuímos doces pras crianças e voltamos.
Achei uma alternativa bem legal pra quem está visitando Porto Velho e quer comer um peixe com uma bela vista do Rio Madeira: do lado da cidade, você vai em lugares “arrumados” e caros; do lado da comunidade, você estará num lugar mais simples, muito mais barato e com o bônus de estar numa verdadeira comunidade ribeirinha, que vai te receber bem. Lá não tem estrutura turística, os bares são frequentados pelos moradores mesmo
Na comunidade os pontos de saúde são flutuantes neles são disponibilizadas consultas médicas, de enfermagem e odontológicas, ações de imunização, exames dermatológicos, exames laboratoriais, serviço social e entrega dos produtos do programa Leite do Meu Filho nas comunidades. O barco promove atendimento com médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos de enfermagem, atendente de consultório dentário, auxiliar de dermatologia clínica, bioquímico, farmacêutico, auxiliar de patologia clínica e assistente social.
As ruas são bem mal planejadas, e não existe saneamento, e com a cheia do Rio a situação dessa população só piora, muitos estão pegando doenças como cólera, malaria, leptospirose entre outras e as unidades flutuantes de saúde não estão dando conta de atender toda a população devido a falta de medicamentos. 



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