segunda-feira, 28 de abril de 2014

População Total de São Sebastião

São Sebastião e o Seu Povo 

    A comunidade ribeirinha tem aproximadamente 70 famílias vivendo  lá, família com números grandes de integrantes em média de 5 a 6 que atualmente esta em péssimas condições  já que a vila, conhecida pela festa que acontece todos os anos em homenagem ao santo padroeiro, foi desocupada por conta da cheia histórica que atingiu cerca de 30 mil pessoas, nos últimos dois meses, em todo o estado de Rondônia. Os produtores da região perderam toda a produção agrícola. Há mais de 20 dias apresentando baixa, o nível do rio nesta quarta-feira (23) já reduziu ainda mais e registra 17,97, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
   
       Na região, flutuantes viraram abrigos para muitas famílias da comunidade e os pescadores da região continuam trabalhando como podem. “Não tem jeito não, temos que ficar aqui mesmo”, disse o pescador Francisco Soares.
 
       O Rio Madeira reduziu quase dois metros nos últimos dias, mas os imóveis de madeira, que ficaram muito tempo submersos, mostram sinais de que não servem mais para moradia. Estão cobertos por lama. Assim como as plantações da agricultura familiar. As árvores de açaí, manga e cupuaçu ficaram submersas e não vão produzir este ano.
 
       A igrejinha, onde são celebradas as festas anuais em homenagem a São Sebastião, ainda está submersa e muita lama toma conta do local. As casas dos ribeirinhos deverão passar por uma avaliação para saber se a estrutura foi comprometida pela cheia.
 
       “É um desgosto muito grande, porque nunca aconteceu isso. Não tem como voltar, está toda danificada a casa”, lamentou o contra-mestre fluvial Marcos Lourenço Maia, que voltou à casa onde morava com a mãe para avaliar a situação. Mesmo com a baixa do rio, não há previsão de quando as 60 famílias poderão voltar para suas casas.
 
                                                                       Três meses de cheia

      Após quase três meses de cheia, a população Rondônia começa a contabilizar os prejuízos. O pico histórico foi registrado no dia 30 de março, com 19,74 metros. Segundo dados do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), se o rio estivesse com o nível normal no mês de abril, marcaria cota de 15,67 metros. No total, já são quase 30 mil pessoas atingidas pela enchente e que devem continuar vivendo em abrigos por pelo menos, mais 90 dias. No Baixo Madeira, São Carlos, distrito de Porto Velho, continua submerso e deve desaparecer, segundo a Defesa Civil Estadual.
 
“Uma nova área deve ser identificada para reconstruir a nova vila de São Carlos e abrigar as famílias que viviam no local”, afirma o coronel Lioberto Caetano, coordenador da Defesa Civil Estadual.
 
       Já na BR-364, única via de acesso terrestre ao Acre, o trânsito está fluindo já sem restrições, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). O local passou mais de 60 dias interditado.
 
      Com a baixa no nível do rio, a preocupação é o período pós-cheia. Técnicos da Força Nacional do SUS devem dar apoio ao estado com hospitais de campanha montados nos sete principais distritos atingidos: Calama, São Carlos, Nazaré, Jacy-Paraná, Abunã, Cuniã e Nova Califórnia.
 
      De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), mais de 100 casos suspeitos de leptospirose dentro de Porto Velho foram registrados. Destes, 24 foram confirmados e três pessoas morreram. De janeiro a março de 2014 a incidência de malária atingiu 933 pessoas.

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